O palco da tragédia, que aconteceu em Imperatriz no dia 4 de fevereiro, estampa o rosto da menina Hérica Barros de Jesus, de 10 anos, vítima de um atropelamento durante uma perseguição entre bandidos.
Uma homenagem à garota que morreu depois que um carro invadiu a calçada e jogou a menina contra o muro da escola Chapeuzinho Vermelho, que está desativada, no bairro Parque Santa Lúcia. A pintura foi encomendada pelos pais de Hérica, que viram na arte uma forma de aliviar um pouco a dolorosa lembrança ao passar pelo local, onde ela foi encontrada debaixo de escombros.
O muralismo é a reprodução de uma foto em que a menina segura um pirulito e tem um semblante sereno, desenhado por Edney Areia, que já está nos detalhes finais do mural. “A mãe dela me pediu alguns detalhes e uma frase em homenagem a ela, tudo deve ficar pronto antes do aniversário dela, a Hérica faria 11 anos no próximo dia 23 de junho”, disse o artista.
Entenda o caso
O confronto entre integrantes de facções criminosas rivais aconteceu no cruzamento entre as ruas Paulo Afonso e Paraguaçu. Dois criminosos tinham tomado um carro de assalto e perseguiam outros dois homens que estavam de moto. Eles lançaram o carro contra a moto e ainda atiraram e contra os suspeitos.
Os dois da moto morreram na colisão, mas o carro também atingiu a menina, que passava pela calçada e ficou embaixo do veículo e de escombros, com a derrubada de parte do muro. Hérica teve politraumatismo e o caso dela foi classificado como acidente de trânsito.
A família luta para que a justiça considere que houve dolo, quando há intenção de matar. A menina voltava de uma aula de reforço escolar. Os parentes temem represálias, porque um dos criminosos envolvidos ainda está solto.
O titular da delegacia de homicídios, Praxísteles Martins, informou que as investigações avançaram e um dos envolvidos foi preso em outra ocorrência. O outro não foi capturado porque não há mandado de prisão expedido.
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